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Os limites da limpeza - Cuidados ao lavar o motor de seu carro
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Muitas vezes o desejo de deixar o carro limpo é tão grande que os motoristas caem no erro de lavar o motor do veículo. Isso é desaconselhável pelos mecânicos e pelas montadoras, que podem até cancelar a garantia do automóvel. Há algum tempo, com os motores carburados, essa prática já não era muito aconselhável, mas agora, com o desenvolvimento da eletrônica embarcada e dos motores à injeção, cada vez mais eles ficam sensíveis à água, explica Sílvio Rivarolla, gerente do Evolution Centro Automotivo, localizado no bairro do Bom Retiro, em São Paulo.
Há maneiras de lavar o motor a seco, mas, segundo Rivarolla, esse serviço, além de ser feito por poucos postos e oficinas, apresenta custos bastante elevados. É um processo artesanal. Não existe um equipamento que permita realizar essa higienização automaticamente. E os componentes mais sensíveis têm de ser isolados para não ter seu funcionamento comprometido. Além disso, não é recomendado o uso de produtos químicos, como desengraxantes, diz.
Mesmo em situações em que normalmente a escolha recairia em uma higienização, como veículos que sofreram em razão de uma enchente, há alternativas mais eficientes que a lavagem do motor. Nesse caso, fazemos somente a substituição das peças que, provavelmente, sofrerão oxidação para evitar futuros problemas, diz Rivarolla.
Há alguns anos, era bastante comum a lavagem seguida de borrifamento de óleo mineral ou à base de mamona. A prática hoje é condenada porque o uso constante dessas substâncias pode ressecar os componentes de borracha e plástico, como mangueiras e coxins, e promover a aderência de resíduos de terra e areia ao chassi e aos componentes externos do motor, diminuindo a vida útil de peças como polias, discos e tambores de freios. Além disso, esses borrifos podem prejudicar a pintura do veículo, contaminando um trabalho de espelhamento, por exemplo, diz o gerente.
Entre os componentes que podem ser danificados em uma eventual lavagem, estão os eletrônicos, como o módulo do veículo e os sensores. O módulo é responsável por passar todas as informações sobre o funcionamento; e os sensores por alertar sobre possíveis problemas. Se eles apresentarem defeito podem causar panes e problemas maiores, uma espécie de efeito dominó, alerta Rivarolla.
Fonte: Bradesco Seguros e Previdência
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